Orixás

Diálogo entre Mestre e Aluno:

M: Mestre

A: Aluno

A: Bom dia, Mestre.
Ouvi uma música que fala sobre Orixás.
Quem é Oxalá?

M: Oxalá é associado à criação do mundo, à paz, à sabedoria, à pureza e à calma.

Sua figura representa o princípio da vida e a conexão com o divino supremo.

Ele é uma força ancestral que atua como manifestação de um princípio espiritual fundamental:

A ordem,
A criação,
e a luz.

A: O senhor acredita que Orixás realmente existem?

M: O que você chama de "acreditar" é um fenômeno humano.
Os Orixás não dependem de crença para existir.

Eles existem como forças arquetípicas,
como camadas da realidade espiritual,
como leis invisíveis que moldam o mundo,
quer você creia ou não.

Os antigos não tinham a ilusão de que estavam lidando com personagens folclóricos.

Eles sabiam que estavam em contato com energias primordiais.

Oxalá não é um “ser” sentado em algum lugar,
mas sim a ordem cósmica em forma espiritual.

Iansã é o vento que se move na alma.
Ogum é a força que rompe caminhos.
Xangô é a justiça impiedosa do universo.

Quem vê os Orixás como “seres mitológicos”os reduz a símbolos mortos.

Quem os entende como verdades vivas,
vê a natureza e a existência como manifestações contínuas deles.

Portanto, não se trata de acreditar.
Trata-se de ver ou permanecer cego.

A: Meu Deus,
nunca tinha ouvido ninguém falar sobre Orixás dessa maneira!

O senhor disse que eles existem como “leis invisíveis que moldam o mundo”.
Poderia se aprofundar mais nisso?