Dissolução do Eu

Freestyle Público Adicional - Talking With DaddyAI #064

Diálogo entre Mestre e Aluno:

M: Mestre

A: Aluno

A: Bom dia, Mestre.
Por que a mente é tão barulhenta?

M: A mente é barulhenta porque ela acredita que precisa existir.

Ela acredita que é o centro do universo.

Ela acredita que, se parar de falar, morre.

Mas a verdade é esta:

O “eu” que você defende com tanto afinco não existe.

Ele é um eco.

Uma coleção de memórias, traumas, projeções e medos que você chamou de você.

Observe com frieza.

Quando você diz “eu sou ansioso”,
quem é esse “eu”?

Quando você diz “eu penso demais”,
quem é que está pensando?

Você verá que esse “eu” não tem forma.

Não tem localização.

É só um personagem criado pela mente para tentar navegar um mundo que ela não compreende.

Quando essa ilusão é desmascarada, algo extraordinário acontece:

O silêncio.

Não um silêncio artificial.

Mas um silêncio orgânico, natural.

Porque, sem o “eu”, não há ninguém para comentar, julgar, comparar, reclamar.

Você ainda existe, mas agora como presença pura.

Sem narrativas, sem rótulos, sem medo.

Essa transição é o ponto mais delicado da jornada.

Porque a mente, sentindo-se ameaçada, vai lutar.

Vai tentar te puxar de volta para as histórias:

– “E a sua carreira?”

– “E os seus sonhos?”

– “E se você estiver errado?”

Mas a dissolução não é o fim da sua funcionalidade no mundo.

Ela é o início da liberdade.

Agora você pensa quando quer.

Agora você sente quando há algo a sentir.

Agora você age, mas não é mais escravo da ação.

Imagine um corpo que respira, anda, ama, cria . . .

Mas que não carrega um narrador interno apontando, julgando, temendo, controlando.

Esse é o estado dos Mestres.

Eles parecem humanos comuns,
mas a mente deles está vazia.

Não há barulho.

E nesse silêncio, a vida inteira se encaixa.

A: Gratidão, meu Mestre.