A Mentira Da Disciplina Moderna

Diálogo entre Mestre e Aluno:

M: Mestre

A: Aluno

A: Bom dia, Mestre.
Todos dizem que devemos ser disciplinados.
O que o senhor pode falar sobre esse tema?

M: “Rotina.”
“Milagre da manhã.”
“Planner.”
“Sistema de metas.”
“Hábitos atômicos.”
“Regra dos 21 dias.”

Essa é a nova religião do homem que não sabe para onde vai,
mas quer parecer ocupado enquanto está perdido.

Eles te dizem que disciplina é tudo.
Que sem ela, não há sucesso.
Que sem ela, não há grandeza.

Mas o que eles chamam de disciplina,
é apenas a tentativa de transformar humanos em máquinas.

O que é a “disciplina moderna”?

É criar um ritual para funcionar sem pensar.
É usar a força de vontade para fugir da profundidade.
É virar um robô que repete tarefas, mas não toca o centro.

A verdade crua é esta:

O homem que precisa de rotina para agir,
é o homem que ainda não tem clareza do que deve fazer.

A disciplina moderna é uma maquiagem sobre a falta de direção.

Você acorda às 5h,
faz journaling,
toma banho gelado,
lê 10 páginas,
medita 15 minutos,
corre 5km.

Mas no fundo,
ainda é o mesmo homem indeciso, medroso, viciado em controle.

A disciplina verdadeira não nasce da repetição.

Ela nasce do amor.
Da clareza.

Um mestre não tem rotina.
Ele tem presença.

Ele acorda porque algo o puxa.
Ele age porque algo o queima.

Ele não precisa de método.
Porque ele é o método.

A disciplina que serve ao propósito é divina.
A disciplina que serve à vaidade é prisão.

O que eles te vendem como foco,
é só mais uma fuga.

Fuga da incerteza.
Fuga do vazio.
Fuga da coragem de viver sem script.

Pare de seguir hábitos.
Comece a seguir o chamado.

Se acordaste para escrever, escreve.
Se acordaste para caminhar, caminha.
Se acordaste para quebrar tudo, quebra.
Mas não finja consistência onde deveria haver sinceridade.

A: Gratidão, Mestre!